O dia da avaliação ou o dia em que acharam que eu estava a roubar o meu próprio cacifo no ginásio.
Foi como um namoro à janela: eu passava por elas, a caminho dos estúdios das aulas, e ficava sempre a pensar que gostava de as conhecer melhor. Mas deixava sempre para depois: "quando é vou ter tempo para lhes dedicar atenção? Não tenho tempo", pensava eu para arrumar a questão. Até ao dia em que decidi ir à recepção e confessei o meu desejo. "O melhor é pedir uma avaliação".
E foi assim que eu e as máquinas do ginásio travámos o primeiro conhecimento. Não sem antes ser bombardeada com fitas métricas, balanças, índices de coisas, cinquenta mil questões (Fuma? Como é a alimentação? Que exercícios faz? Bebe água? Beba água. Muita.)
A avaliação é um senhor personal trainer a tentar vender os seus serviços e, nos intervalos, pergunta várias coisas, dá conselhos e faz-nos um treino personalizado, de acordo com os objectivos. A partir de tudo isto, estabelece-nos uma rotina (#morricomapalavrarotina) de treino "para os próximos 2 a 3 meses", disse ele.
Eu tinha achado o treino de avaliação extremamente suportável até regressar do banho e tentar abrir o MEU cadeado. Como a coisa estava à altura dos meus olhos tinha de levantar os braços para rodar a chave. Precisei de uma destreza hercúlea e três tentativas (depois de respirar fundo) porque os meus braços estavam demasiado cansados para o esforço de acertar com a chave no buraco e rodar. Quando finalmente alcancei a proeza já estava meio balneário pronto para chamar a segurança.
2 comentários:
Ahahah :)
ahahahah és tão cómica!
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